Resenha
dos 11 Livros da Série FGV-Projetos Publicações FGV
Management, Série Gerenciamento de Projetos Livro 01: “Fundamentos de Gerenciamento de Projetos” Autores: André Bittencourt do Valle, Carlos Alberto Pereira Soares, José Finocchio Jr. e Lincoln de Souza Firmino da Silva
Escrito
por professores do FGV Management, o livro foi estruturado em oito capítulos,
abordando desde o histórico e da
conceituação do gerenciamento de projetos como uma nova disciplina, até a apresentação
das principais ferramentas utilizadas nos processos de planejamento,
monitoramento e controle. Inicialmente, são analisadas as razões históricas
para o seu desenvolvimento e disserta-se sobre as características comuns
existentes em todos os projetos, tais como a temporariedade, a singularidade e
a progressividade. Outros temas abordados pelo livro incluem a ligação da estratégia da corporação com os projetos
que levam as empresas a alcançarem seus objetivos nos negócios, os principais
benefícios do gerenciamento de projetos, a estrutura do gerenciamento de
projetos (dissertando sobre as suas três disciplinas principais: o
gerenciamento de portifólio, de programas e de projetos), o seu ciclo de vida e
as metodologias existentes, dando ênfase especial à estrutura dos processos
conforme definido pelo corpo de conhecimento em gerenciamento de projetos do
PMI. Também
são apresentados os conceitos fundamentais de planejamento, monitoramento e
controle de projetos, decompostos por áreas de conhecimento, bem como as
relações das pessoas com os projetos e a melhor forma de gerenciá-las, para que
conflitos possam ser evitados e o sucesso possa ser atingido. São
estudadas as estruturas organizacionais e o seu impacto nos projetos
corporativos, identificando suas vantagens e desvantagens, além da análise e
apresentação das principais ferramentas utilizadas nos processos de
planejamento, monitoramento e controle. O
livro “Fundamentos de Gerenciamento de Projetos”, cujo escopo permite a sua
adoção nas disciplinas de Gerenciamento de Projetos em cursos de Gestão
Empresarial, pode ser considerado o kick-off de um programa de estudos,
permitindo ao aluno ter o primeiro contato com o mundo do gerenciamento de
projetos, e indicando os posteriores aprofundamentos nas áreas de conhecimento. Livro 02: “Gerenciamento da Comunicação em Projetos” Autores: Lúcio Edi
Chaves; Fernando H. Silveira Neto; Gerson Pech; Margareth dos Santos Carneiro
São
discutidas as várias barreiras que precisam ser superadas pelos gerentes de
projeto, tanto sob os aspectos comportamentais, organizacionais e técnicos, bem como são assinaladas
recomendações para superá-las. O
texto aborda separadamente os três processos prioritários para a gestão da
comunicação: o planejamento, a execução e o controle da comunicação. No
primeiro, são assinalados os objetivos gerais de um plano de comunicação e como
fazer para implementá-lo. Ao planejar as comunicações, deve-se identificar as
necessidades de informações e discutir o plano de comunicação com os
interessados, tornando-o mais aderente ao nível desejado pelos mesmos quanto ao
detalhamento, mídia, periodicidade e outras necessidades. Já
no processo de execução do plano apresenta-se a questão da distribuição das
informações quando surge, normalmente, a maior parte dos problemas e exceções.
Discute-se a coleta, sistematização e a distribuição das informações
apropriadas durante o projeto como um grande problema para o gerente de
projetos e sua equipe, que deve ter disciplina e persistência nessa prática.
Nesse capítulo, discute-se não só a visão das ferramentas eletrônicas
usualmente empregadas, como também o ponto de vista das técnicas face-a-face,
de grande poder de comunicação, mas que requerem, por outro lado, um maior
conjunto de habilidades pessoais por parte do gerente do projeto. Por
último, na parte que trata do controle e monitoramento das comunicações, o
texto apresenta abordagens voltadas para os relatórios de desempenho do
projeto. Em geral, as informações sobre o desempenho incluem o modo como os
recursos são usados para atingir os objetivos do projeto, fornecendo
informações sobre escopo, cronograma, custo e qualidade. Neste
capítulo, são analisadas as principais características deste relatório e
mostra-se como, a partir deste documento, o projeto pode ser controlado. O
progresso do projeto precisa ser informado para que possa ser controlado. O
fato é que, a partir de uma visão clara do comportamento das variáveis críticas
do projeto, existem condições de se propor mudanças e corrigir os rumos para
que os objetivos possam ser alcançados e, com esta finalidade, são apresentados
alguns exemplos de relatórios. Concluindo-se
o controle da comunicação, são discutidas as necessidades de Gerenciamento das
Partes Interessadas (stakeholders),
por meio de técnicas e ferramentas tais como reuniões de projeto, apresentações
e outras abordagens face-a-face, que permitem uma interação e avaliação da
eficácia de como a comunicação é desenvolvida. O
livro tanto cumpre a finalidade de um livro-texto, para os que se aperfeiçoam
em Gerenciamento de Projetos em nível de pós-graduação, como permite, aos
demais interessados e envolvidos em ambientes de projetos conhecerem as
características mais críticas deste importante processo gerencial. Livro 03: “Gerenciamento da Qualidade em Projetos” Autores Isnard
Marshall Júnior; Agliberto Alves Cierco; Alexandre V. Rocha; Edmarson Bacelar
Mota; Sérgio Leusin
Neste
livro, há o embasamento para que o leitor tenha uma boa noção da amplitude e da
importância da gestão da qualidade como modelo de excelência para melhor
administrar as organizações. Apresenta-se
sugestão de metodologia para a implantação da gestão da qualidade, sendo muito
útil na construção de uma trajetória de sucesso pessoal e profissional. Há
um capítulo sobre a evolução do processo da qualidade até os dias de hoje e
outro tópicos de suma importância para o gerente de projetos, como o Prêmio
Nacional da Qualidade. Prêmio que neste ano teve entre os seus cinco ganhadores
a Promon, organização especializada em projetos de infra-estrutura, que vive
essencialmente da concepção e implantação de projetos. Entender
o processo do PNQ dá a dimensão das implementações que as empresas que almejam
chegar ao patamar de ganhadoras do prêmio precisam fazer. E
para atingir este grau de excelência, sem dúvida, todas as organizações
utilizaram – em maior ou em menor número – as ferramentas da qualidade, que
também estão bem detalhadas em um capítulo próximo aos métodos específicos de
gestão, como 5S, que são utilizados pelos gerentes de projetos cotidianamente. O
propósito de colocar os dois conteúdos em somente um livro alicerça o
entendimento do processo da qualidade em projetos, pois esta articulação entre
o SGQ (Sistema de Gestão da Qualidade) da organização e o projeto é clara,
visto que ambos são pautados para atender às necessidades dos clientes,
privilegiar a prevenção de defeitos em vez de correções, atribuindo a
responsabilidade pela gestão da qualidade à alta direção ou ao gerente do
projeto, buscando a melhoria contínua. No
capítulo de projetos, item Planejamento da Qualidade, há uma parte interessante
e fundamental, que é indicação de indicadores de desempenho para o projeto.
Estes indicadores visam ao monitoramento tanto da qualidade quanto da
produtividade e capacidade. São elaborados sempre tendo em vista as metas
preestabelecidas que não devem considerar somente índices históricos, visto que
estes podem estar contaminados por níveis diferentes de eficiência,
atrapalhando o objetivo principal que é o atingimento da qualidade do
projeto. O
processo da Garantia da Qualidade está vinculado aos riscos potenciais da
não-qualidade, envolvendo as definições e seus controles. Concluindo
o capítulo, há o processo de Controle da Qualidade em projetos, cuja origem é
detalhada no início do livro e aqui é apresentada com suas entradas,
ferramentas, técnicas e saídas. É
um livro completo que precisa estar na biblioteca dos gerentes de projetos
preocupados em atender com qualidade aos requisitos do projeto. Livro 04: “Gerenciamento de Custos em Projetos” Autores: Christina
Barbosa; Farhad Abdollahyan; Paulo Roberto Vilela Dias; Orlando
Atualmente,
é muito difícil fazer estimativas realistas e cumpri-las, em virtude das
inúmeras mudanças que ocorrem com os projetos. Após terem suas viabilidades
analisadas, muitos projetos iniciam com um orçamento predeterminado, que
definirá a adequação do seu escopo e os recursos que serão utilizados no seu
desenvolvimento. Em outros projetos, o
custo necessário para sua realização é estabelecido durante o processo de
planejamento, na medida em que o seu escopo é mais detalhado. Em ambos os
casos, todos os recursos necessários para terminar as atividades que vão
entregar o escopo previsto, no tempo acordado e com a qualidade definida, devem
ser estimados e seus custos unitários definidos. Será possível, então, consolidar
os custos dos recursos de todas as atividades em um orçamento que funcionará
como base para o controle do projeto. O
livro aborda questões comuns que interferem no gerenciamento de custos de
projetos como, por exemplo: Será
que atualmente o gerente de um projeto levanta realmente todos os custos nele
envolvidos? Ou somente os mais óbvios são lembrados? Quando
um projeto é iniciado, pode-se afirmar, com certeza, que o gerente do projeto
conhece claramente as atividades necessárias? Pode-se garantir que são
relacionadas aquelas atividades relativas ao escopo que não são as entregas
principais do projeto, como, por exemplo, fazer reuniões, providenciar
aprovações e outras tarefas que consomem tempo, recursos e, conseqüentemente,
geram custos? Esse
trabalho é desenvolvido com a participação dos especialistas que conhecem com
profundidade as atividades que serão executadas? Antes
de finalizar as estimativas de custos, os gerentes de projetos se lembram de
considerar os riscos envolvidos e destinam uma parte do orçamento para tratar
esses riscos? Baseado
no planejamento, o desempenho do projeto é acompanhado freqüentemente, os seus
desvios são monitorados, identificando-se a causa de cada um deles para, então,
determinar ações preventivas e corretivas, com o objetivo de mantê-lo dentro do
orçamento? O
livro é dividido em quatro capítulos que vão ajudar os gerentes de projetos a
utilizar as melhores práticas do gerenciamento de custos em projetos, de tal
forma que possam responder às perguntas dos parágrafos anteriores,
afirmativamente e com segurança. O
primeiro capítulo é destinado a um breve e interessante histórico, aos
diferentes tipos de custos, ao plano de contas, suas funções, componentes e
características. É, também, descrito como o diagrama de Pareto pode auxiliar os
processos de planejamento e de controle de custos do projeto. O
segundo capítulo trata, com detalhes, dos diferentes custos unitários de um
projeto, como eles são compostos e apresenta vários exemplos práticos, em
formatos de tabelas e gráficos. No
terceiro capítulo, são abordadas as estimativas de custos e as diferentes
metodologias existentes. A integração da EAP – Estrutura Analítica do Projeto e
o uso dos recursos nas estimativas são avaliados. Em relação ao orçamento,
foram contempladas técnicas para a sua elaboração, como fazer a sua composição
e as nuances que devem ser consideradas para obtenção de um resultado o mais
próximo possível da realidade, incluindo, também, os riscos envolvidos no
projeto. Finalmente,
o quarto capítulo diz respeito ao controle dos custos do projeto, desmistifica
a técnica de análise de valor agregado, apresentando-a de forma bastante
detalhada. Mostra também a importância dos relatórios de desempenho que são
desenvolvidos periodicamente, com informações coletadas nas reuniões de
acompanhamento. Livro 05: “Gerenciamento de Pessoas em Projetos” Autores: Paulo
Pavarini Raj, Ana C. Trintenaro Baumotte, Dóris Pereira
D'Alincourt Fonseca, Lauro H. de Carvalho M. da Silva
No
primeiro capítulo, são vistos os desafios que impactam o gerenciamento de
pessoas nas organizações que atuam em ambiente competitivo globalizado, o que
significa e no que implica a existência de diferenças culturais entre as
pessoas, quais são os fatores que constituem a diversidade nas equipes, as questões
éticas e morais enfrentadas pelos gerentes e as inovações tecnológicas no
ambiente de trabalho. No
segundo capítulo, tratam-se questões relacionadas ao gerente de projetos (GP),
suas responsabilidades, seu papel em pequenos, médios e grandes projetos e as
habilidades das quais necessita para se tornar um GP eficiente. A análise de
responsabilidades é feita pelo GP para garantir que todas as atividades do
projeto tenham um responsável e, se for preciso, sejam designadas pessoas
adicionais para o cumprimento das tarefas estabelecidas. Essa análise é
realizada na fase de planejamento do projeto e, segundo o PMI, resulta em uma
matriz bidimensional denominada Matriz de Designação de Responsabilidades (Responsibility and Assignment Matrix –
RAM). Já
no terceiro capítulo, aborda-se o planejamento das pessoas que fazem parte da
equipe de um projeto, incluindo a definição da estrutura organizacional do
projeto, bem como a definição dos requisitos de pessoas no projeto para fazê-lo
acontecer. Discute-se também o planejamento de processos de gerenciamento de
pessoas: recrutamento e seleção; remuneração; gerenciamento de desempenho;
treinamento e desenvolvimento. Por fim, é apresentada uma visão geral do
conteúdo do plano de gerenciamento de pessoas. No
quarto capítulo, discutem-se pontos importantes para a formação de equipes de
projetos, em especial equipes consideradas de alto desempenho. Para tal, é
feita uma comparação entre organizações tradicionais e as chamadas organizações
de alto desempenho. São examinados tipos de equipe, a questão da integração,
bem como papéis e responsabilidades. Abordam-se ainda as etapas de transição de
uma equipe, as habilidades das equipes de alto desempenho, as fases de
desenvolvimento e as estratégias de atuação das mesmas. No
quinto capítulo, descreve-se o novo impacto nas relações entre o empregado e o
empregador, com a pessoa tendo agora autogestão sobre sua carreira, a evolução
e abrangência do conceito de competência no gerenciamento de pessoas, como
tratar o desenvolvimento de equipe e o conceito de universidade corporativa. No
sexto capítulo, são mostrados exemplos do processo de seleção por competências,
são tratadas as questões de designação de pessoas, remuneração estratégica e feedback para garantir excelência no
desempenho. A liderança situacional, os estilos de liderança mais usados e como
os gerentes devem delegar tarefas são temas abordados em conjunto. É vista a
conseqüência do estilo do líder no clima organizacional e os diferentes tipos
de relacionamentos durante o projeto, assim como os indicadores que o GP
precisará para medir sua eficácia no gerenciamento de pessoas. No
sétimo capítulo, o gerenciamento de conflitos é apresentado com um pequeno
histórico das visões tradicional, contemporânea e interacionista, níveis de
conflito, como eles ocorrem no ambiente de um projeto, a relação entre os
conflitos e estresse e como gerenciar estes conflitos. No
oitavo capítulo, são vistas as quatro teorias sobre motivação, Teoria da
Hierarquia das Necessidades de Maslow, Teoria das Necessidades de Alderfer,
Teoria Higiênico-Motivacional de Herzberg e a Teoria das Necessidades de
Conquistas Pessoais de McClelland, que respondem à pergunta: o que motiva as pessoas? E as oito
teorias dos processos sobre motivação que respondem à pergunta: como as pessoas são estimuladas? Entre elas
a Teoria X e Y de McGregor, Teoria Cognitiva da Expectativa de Vroom, Teórica
Cognitiva do Reforço de Skinner. O
livro é finalizado com as conclusões sobre os desafios enfrentados pelos
projetos no mundo e, em especial, no Brasil. Livro 06: “Gerenciamento do Escopo em Projetos” Autores: Mauro
Afonso Sotille, Luis C. de Moura Menezes, Luiz F. da Silva Xavier e Mário L.
Sampaio Pereira
O livro deixa claro que gerenciar o escopo é
crítico. Infelizmente, o trabalho do projeto é, em geral, maior do que se
imaginou a princípio. É necessário determinar de forma clara quais são as
entregas, fazendo uma separação entre o que está e o que não está incluído no
projeto. Além disso, envolve monitorar o projeto para identificar mudanças no
escopo e investigar o impacto delas no projeto. Muitos gerentes de projetos não dão atenção às
pequenas mudanças. Existe uma tendência em seguir adiante e adicionar trabalho
sem pensar muito sobre o assunto. Quando
se aceita um grande número de mudanças o projeto foge de seu foco original.
Quando todas estas mudanças são combinadas, a equipe se dá conta que se
comprometeu com muito trabalho extra, e assim não consegue mais cumprir seu
orçamento e começa a atrasar seus compromissos. O gerenciamento do escopo é uma das áreas
fundamentais do gerenciamento de projetos. O conhecimento das entregas é
importante para determinar a quantidade de trabalho envolvida. Um gerente de
projetos bem-sucedido deve conhecer os processos para desenvolver um plano de
gerenciamento do escopo. O plano de gerenciamento do escopo vai descrever como
o escopo do projeto vai ser gerenciado e como as modificações no escopo vão ser
integradas no projeto e as técnicas para analisar a definição de escopo. Além
disso, deve conhecer os procedimentos para desenvolver uma Estrutura Analítica
do Projeto (EAP). Finalmente, é importante saber como controlar o escopo do
projeto. Neste livro, mostra-se a relação do gerenciamento de
escopo com as outras áreas de conhecimento em gerenciamento de projetos e são
apresentadas ferramentas e técnicas para analisar o escopo do projeto
efetivamente. O termo de abertura do projeto, que vem a ser o documento que
autoriza formalmente a existência de um projeto, é analisado em detalhes, uma
vez que contém informações importantes para que o gerente do projeto possa
desenvolver uma declaração do escopo detalhada do projeto, como base para
futuras decisões do projeto. Particular destaque é dado ao processo de elaboração
da Estrutura Analítica do Projeto (EAP), orientando passo-a-passo o
procedimento de criação, fornecendo diversos exemplos e regras de validação.
Além disso, são delineados os processos de verificação e controle associados ao
gerenciamento do escopo. O livro encerra com importantes recomendações
relativas ao que fazer e não fazer para garantir o sucesso do gerenciamento do
escopo do projeto. Lembrando que a análise
precisa das necessidades do cliente, o planejamento e a definição precisa do
escopo são críticos para o sucesso do projeto como um todo. Livro 07: “Negociação e Administração de Conflitos” Autores: Eugenio do
Carvalhal, Antônio André Neto, Gersem M. de Andrade e João Vieira de Araújo
Diversos tipos de desafios e oportunidades,
antagonismos e conflitos, contradições e ambigüidades ocorrem durante o ciclo
de vida de qualquer projeto. Eles precisam ser contínuos e habilmente abordados
segundo a percepção dos diversos stakeholders. São negociados os aspectos
concretos relacionados à natureza do projeto, também chamados de aspectos
substantivos, como: o escopo, o tempo e os cronogramas; as partes envolvidas,
conhecimentos necessários, níveis de proficiência requeridos; investimentos,
riscos e oportunidades, recursos físicos e logísticos, hardware e software,
recrutamento e seleção, arquitetura das equipes e forma de gestão, aditivos e
critérios contratuais para dirimir conflitos; documentação, forma de acompanhamento
e chek lists. Para que um projeto avance é necessário também tratar dos
aspectos relacionais associados ao processo de comunicação e à percepção;
ligados às suscetibilidades, estima e incentivo; tensões e reconhecimento. Por
isso, é necessário negociar formas de liderança e administrar conflitos
objetivando levar a equipe do projeto ao alto desempenho. Segundo pesquisa realizada pelo The Standard Group,
entre os fatores que causam falhas em projetos, mais de 40% são devidos a
quatro problemas mais relevantes: falta de insuficiente input do usuário;
especificações e necessidades incompletas; mudanças nas especificações e
necessidades; e falta de apoio da gerência executiva. Essas condições identificadas
pela pesquisa requerem a alocação de importantes energias de negociação com os
interlocutores envolvidos, para que possam ser obtidos acordos positivos de
qualidade na definição do escopo de projetos. Questões como essas tornam a Negociação e a
Administração de Conflitos imprescindíveis para os profissionais que lidam com
o assunto, como gestores, membros e líderes de equipes de projetos que desejam
fortalecer suas competências. No âmbito das negociações, as competências
sustentam-se em algumas habilidades principais a serem continuamente
desenvolvidas. Os gestores devem administrar conflitos tratando de questões
tensas em contextos de crescente complexidade nos quais se desenvolvem as
relações interpessoais, intergrupais e multiculturais. Analisar as situações e
tomar decisões, que possibilitam identificar oportunidades nos problemas e
tomar decisões sob pressão e incerteza, assim como conduzir pessoas e equipes
para abordar as divergências pela ótica do problema comum a ser solucionado.
Comunicar-se de forma eficaz, ampliando a capacidade de perceber as diversas
manifestações do comportamento humano que favorecem interações positivas,
permite alinhar interesses fortalecer os laços e conduzir o projeto ao sucesso. O livro Negociação e Administração de Conflitos da
Série Gerenciamento de Projetos, da FGV – Management está dividido em quatro
capítulos. O primeiro capítulo apresenta um sumário dos quatro
casos, discorre sobre as principais correntes de abordagem e destaca os
elementos conceituais do modelo mental dos negociadores, relevantes à
compreensão do processo. Para isso, propositalmente, o texto destaca as principais
idéias-chave, apresentado-as numa ordem tal que permita sua posterior
integração. O
segundo capítulo focaliza os aspectos relacionais
envolvidos nas negociações, com destaque para
comportamentos e práticas
adotadas pelos negociadores, buscando instigá-los a perceber
melhor as pessoas,
suas ações e reações em contextos de
negociação. Destaca a apresentação de duas
pesquisas realizadas com negociadores brasileiros sobre as
características mais
importantes e práticas mais freqüentes por eles utilizadas
nas suas negociações. O terceiro capítulo descreve os aspectos
substantivos que estão envolvidos nas negociações, associados ao conteúdo e aos
resultados desejados, que são determinantes para qualificar e quantificar o que
as partes esperam obter ao final do processo de negociação, apresentando
inúmeros exemplos e ilustrações de como esses aspectos se manifestam em
situações reais. O quarto capítulo busca estimular uma reflexão
crítica sobre os aspectos práticos que favorecem as negociações e a
administração de conflitos. O texto é enriquecido com casos provenientes de
diversas áreas, assim como conhecimentos adquiridos através de experiências
pessoais dos autores. Livro 08: “Viabilidade Econômico-Financeira de Projetos” Autores: Ricardo
Bordeaux Rêgo; Goret Pereira Paulo; Ilda M. de Paiva Almeida Spritzer; Luís
Pérez Zotes
O
segundo capítulo apresenta os modelos determinísticos usualmente utilizados na
avaliação de oportunidades de investimento. São apresentados os modelos de payback
simples e descontado, valor presente líquido, taxa interna de retorno e índice
de lucratividade. São abordadas suas vantagens e limitações por meio de
exemplos práticos. O capítulo seguinte aborda risco e o custo de capital sob os
pontos de vista dos proprietários (acionistas), credores e da empresa como um
todo. São tratados os conceitos de alavancagem operacional e financeira.
Financiamento com o uso de leasing, suas vantagens e desvantagens também
são externadas. O quarto capítulo relata os riscos econômico-financeiros dos
projetos: isolado, da empresa e de mercado, bem como os métodos de ajustes
adequados. Desse modo, apresenta exemplos de equivalência à certeza, análises
de sensibilidade e cenários, ajuste de taxas de desconto, árvores de decisão e
simulações. O método de ponta das opções reais é relatado, bem como a
utilização de Project Finance. O capítulo cinco apresenta um estudo de
caso abrangente no qual se sintetiza o conteúdo aprendido. Apresentamos a
análise da viabilidade econômico-financeira de dois projetos e a tomada de
decisão, verificando a geração de valor para o acionista. Aplicações especiais
são desenvolvidas, ilustrando a utilização de diversas técnicas apresentadas.
Todos os capítulos são concluídos com um resumo informativo de seu conteúdo,
facilitando futuras consultas. Finalmente,
na conclusão, ponderamos que tudo o que estudamos somente tem significado
quando somado à nossa experiência pessoal. A intuição, tão arduamente
desenvolvida ao longo da vida, estará, acima de tudo, a serviço do leitor, para
que possa escolher a abordagem adequada e os instrumentos mais eficazes para
tomar suas decisões de investimento Livro 09: “Gerenciamento de Aquisições em Projetos” Autores: Carlos
Magno da Silva Xavier, Deana Weikersheimer, José Genaro Linhares, Lucio José
Diniz.
O
objetivo deste livro é apresentar como se dá o gerenciamento das aquisições em
um projeto, o que passa pela decisão de o que, quanto, quando e como serão
efetuadas as aquisições, incluindo a administração e o encerramento de
contratos. O
livro está estruturado em 10 capítulos. O primeiro mostra
as interfaces do
gerenciamento de aquisições com outras áreas de
conhecimento do gerenciamento
de projetos, sendo discutido também os aspectos jurídicos
das aquisições. No
segundo capítulo são apresentados o conceito e a
contextualização do processo
de aquisições em projetos, discorrendo sobre as suas
três etapas:
pré-contratação, contratação e
pós-contratação. O terceiro capítulo mostra
o
que é necessário ser adquirido em projetos, como é
tomada a decisão de adquirir
e como é elaborada a especificação do que
será contratado. O quarto capítulo
discorre sobre a solicitação de propostas, sendo
discutidos os documentos que
devem ser preparados e os critérios de avaliação
das propostas. O quinto trata
da seleção de fornecedores, desde a
divulgação e convocação para a
obtenção de
propostas até a negociação do contrato, incluindo
também a classificação das
propostas. O sexto capítulo é dedicado ao instrumento
contratual, sendo
apresentadas as premissas essenciais relacionadas aos direitos e
obrigações das
partes contratantes, a natureza jurídica do contrato, os tipos e
modalidades de
contratos e suas cláusulas e condições. O
sétimo trata da administração de
contratos, com ênfase no processo de gerenciamento e na
administração de
reivindicações (claims). No oitavo capítulo
são apresentadas as melhores práticas
para o processo de encerramento de contratos. No nono são
discutidos os riscos
nas contratações, sendo identificadas possíveis
fontes de risco e as respostas
que irão prevenir, transferir, aceitar ou mitigar esses riscos.
O último
capítulo mostra a importância do planejamento do
gerenciamento de aquisições no
projeto, apresentando como devem ser planejadas as entregas e
atividades
necessárias a esse processo, desde a decisão de adquirir
até o encerramento do
contrato, com os reflexos decorrentes no cronograma e no
orçamento do projeto. Livro 10: “Gerenciamento de Riscos em Projetos” Autores: Carlos A.
Corrêa Salles Jr., Alonso M. Soler, J. Angelo S. do Valle e Roque Rabechini Jr.
O
livro está estruturado em quatro capítulos, contextualizando riscos na história
e nos diversos segmentos de negócios e abordando detalhadamente os processos,
de forma clara e estruturada, possibilitando o domínio sobre a metodologia, e
que tem como base os processos propostos no PMBok do PMI. O livro também
procura transmitir ao leitor segurança no processo, de forma a possibilitar a
gerência de riscos em projetos, mesmo sem termos dados históricos de riscos. A
analise histórica nos mostra que o risco está ligado ao simples ato de viver.
Olhar para o futuro, que é a essência dos projetos, significa obrigatoriamente
viver situações de incerteza, nas quais o risco esta presente. Planejar, sem
levar em consideração as incertezas, significa achar que o futuro é meramente
uma continuidade do passado, o que não é necessariamente verdade. E considerar
as situações de incerteza (riscos), torna nossos planos e conseqüentemente
nossas decisões, muito mais reais ou menos sujeitas a erros. O
livro também aborda o processo de análise dos riscos, comparando-o com o
processo utilizado nos mercados financeiro e segurador, e mostrando que não há
diferença na definição ou nos processos gerenciais dos riscos. Risco é uma
incerteza, futura, com reflexos positivos ou negativos sobre seus objetivos.
Esta definição abrangente demonstra que o risco em projeto em nada difere do
risco operacional, do risco segurável ou do risco de negócio. Os processos
propostos no PMBok para gerenciamento de riscos em projetos muito pouco diferem
em sua essência dos processos utilizados nos mercados financeiros e segurador.
Isso aponta que a metodologia proposta neste livro serve para gerenciar riscos
de qualquer tipo, em qualquer nível na organização e em qualquer segmento de
negócio. As
oportunidades e ameaças de negócio, constantes do Modelo SWOT, nada mais são do
que riscos de negócio no nível estratégico e podem ser tratadas através da
metodologia descrita neste livro. Livro 11: “Gerenciamento do Tempo em Projetos” Autores: André B.
Barcaui; Danúbio Borba; Ivaldo M. da Silva; Rodrigo B. Neves.
É curioso mencionar que, muitas vezes,
gerenciamento de projetos é confundido com gestão de ferramentas. Muitas
empresas começam a investir em sofisticadas ferramentas de software para
controle de cronograma e se dizem preparadas para gerenciar projetos. Não há
nada de errado na iniciativa de investir em ferramentas de planejamento e
controle, mas há uma grande subutilização das funcionalidades oferecidas por
estas ferramentas por parte dos profissionais que gerenciam as durações dos
projetos. De nada adianta a melhor ferramenta sem o devido processo e o devido
treinamento conceitual do que é gerenciamento de tempo em projetos. Gerenciamento do tempo em projetos está ligado a
todas as outras áreas de gerenciamento de projetos. É fácil entender a relação
que gerenciamento do tempo tem com outras áreas. Mas ao mesmo tempo é difícil
entender como em muitos casos gerentes e equipes de projeto geram cronogramas
inteiros diretamente, digitando atividade por atividade em um software de
gerenciamento de projetos, sem antes terem considerado um conjunto de variáveis
que irão influenciar a duração das atividades com o respectivo
inter-relacionamento, resultante da metodologia de execução e as restrições
impostas pelos entregáveis do projeto. É justamente com esta visão de
dependência e interligação com diversas áreas de planejamento e controle que os
autores procuram oferecer este livro, reconhecendo que por pressões do próprio
mercado, muitas vezes esta abordagem se torna muito difícil. Ainda mais na
chamada “era da velocidade e da mudança”. O planejamento e o controle muitas
vezes cedem ao improviso. O ritmo com que propostas têm que ser geradas e
respostas têm que ser dadas, muitas vezes, leva uma equipe a confundir plano de
projeto com cronograma. Ou mesmo, de gerar um plano insuficiente, ou plano
nenhum, pressionado por seu cliente interno ou externo. O gerenciamento do tempo vai desde a definição de
atividades, seqüênciamento, definição de recursos por atividade, estimativa de
duração e montagem até o controle do cronograma propriamente dito. Os autores
procuraram identificar cada etapa do planejamento do tempo, dando uma visão
detalhada de cada processo. Sempre que possível, os exemplos práticos foram
utilizados, demonstrados através de ferramentas de gerenciamento de projetos,
de forma a facilitar o entendimento do conceito. O
livro foi dividido em oito capítulos, desde como funciona o processo de
definição de atividades a partir de um escopo previamente combinado até tópicos
avançados em gerência de tempo como corrente crítica e análise de valor
agregado. Boa leitura! |