Resenha dos 11 Livros da Série FGV-Projetos

Publicações FGV Management, Série Gerenciamento de Projetos

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Livro 01: “Fundamentos de Gerenciamento de Projetos”

 
Autores: André Bittencourt do Valle, Carlos Alberto Pereira Soares, José Finocchio Jr. e Lincoln de Souza Firmino da Silva


O primeiro livro da série Gerenciamento de Projetos tem como objetivo proporcionar uma visão ampla sobre o gerenciamento de projetos, freqüentemente definido como a aplicação de conhecimento, habilidades, ferramentas e técnicas às atividades do projeto, a fim de atender às suas demandas.

Escrito por professores do FGV Management, o livro foi estruturado em oito capítulos, abordando desde o histórico e da conceituação do gerenciamento de projetos como uma nova disciplina, até a apresentação das principais ferramentas utilizadas nos processos de planejamento, monitoramento e controle.

Inicialmente, são analisadas as razões históricas para o seu desenvolvimento e disserta-se sobre as características comuns existentes em todos os projetos, tais como a temporariedade, a singularidade e a progressividade.

Outros temas abordados pelo livro incluem a ligação da estratégia da corporação com os projetos que levam as empresas a alcançarem seus objetivos nos negócios, os principais benefícios do gerenciamento de projetos, a estrutura do gerenciamento de projetos (dissertando sobre as suas três disciplinas principais: o gerenciamento de portifólio, de programas e de projetos), o seu ciclo de vida e as metodologias existentes, dando ênfase especial à estrutura dos processos conforme definido pelo corpo de conhecimento em gerenciamento de projetos do PMI.

Também são apresentados os conceitos fundamentais de planejamento, monitoramento e controle de projetos, decompostos por áreas de conhecimento, bem como as relações das pessoas com os projetos e a melhor forma de gerenciá-las, para que conflitos possam ser evitados e o sucesso possa ser atingido. 

São estudadas as estruturas organizacionais e o seu impacto nos projetos corporativos, identificando suas vantagens e desvantagens, além da análise e apresentação das principais ferramentas utilizadas nos processos de planejamento, monitoramento e controle.

O livro “Fundamentos de Gerenciamento de Projetos”, cujo escopo permite a sua adoção nas disciplinas de Gerenciamento de Projetos em cursos de Gestão Empresarial, pode ser considerado o kick-off de um programa de estudos, permitindo ao aluno ter o primeiro contato com o mundo do gerenciamento de projetos, e indicando os posteriores aprofundamentos nas áreas de conhecimento.

Livro 02: “Gerenciamento da Comunicação em Projetos”

Autores: Lúcio Edi Chaves; Fernando H. Silveira Neto; Gerson Pech; Margareth dos Santos Carneiro


O livro Gerenciamento da Comunicação em Projetos destina-se a todos que precisam aplicar, de forma eficaz, o processo de comunicação nas atividades de seu projeto. No âmbito desses projetos, os gerentes necessitam interagir com grupos diversificados, e aqueles mais bem-sucedidos são os que reconhecem as armadilhas representadas pelas características específicas de cada grupo ou indivíduo, o que elas podem representar para a comunicação e, em função disso, estabelecem pontes para atravessá-las. O livro trata a comunicação tanto como um processo, no qual devem ser usadas técnicas e ferramentas, como uma habilidade, que, como tal, pode ser desenvolvida com a prática e o aprimoramento contínuo.

São discutidas as várias barreiras que precisam ser superadas pelos gerentes de projeto, tanto sob os aspectos comportamentais, organizacionais e técnicos, bem como são assinaladas recomendações para superá-las.

O texto aborda separadamente os três processos prioritários para a gestão da comunicação: o planejamento, a execução e o controle da comunicação.

No primeiro, são assinalados os objetivos gerais de um plano de comunicação e como fazer para implementá-lo. Ao planejar as comunicações, deve-se identificar as necessidades de informações e discutir o plano de comunicação com os interessados, tornando-o mais aderente ao nível desejado pelos mesmos quanto ao detalhamento, mídia, periodicidade e outras necessidades.

Já no processo de execução do plano apresenta-se a questão da distribuição das informações quando surge, normalmente, a maior parte dos problemas e exceções. Discute-se a coleta, sistematização e a distribuição das informações apropriadas durante o projeto como um grande problema para o gerente de projetos e sua equipe, que deve ter disciplina e persistência nessa prática. Nesse capítulo, discute-se não só a visão das ferramentas eletrônicas usualmente empregadas, como também o ponto de vista das técnicas face-a-face, de grande poder de comunicação, mas que requerem, por outro lado, um maior conjunto de habilidades pessoais por parte do gerente do projeto.

Por último, na parte que trata do controle e monitoramento das comunicações, o texto apresenta abordagens voltadas para os relatórios de desempenho do projeto. Em geral, as informações sobre o desempenho incluem o modo como os recursos são usados para atingir os objetivos do projeto, fornecendo informações sobre escopo, cronograma, custo e qualidade.

Neste capítulo, são analisadas as principais características deste relatório e mostra-se como, a partir deste documento, o projeto pode ser controlado. O progresso do projeto precisa ser informado para que possa ser controlado. O fato é que, a partir de uma visão clara do comportamento das variáveis críticas do projeto, existem condições de se propor mudanças e corrigir os rumos para que os objetivos possam ser alcançados e, com esta finalidade, são apresentados alguns exemplos de relatórios.

Concluindo-se o controle da comunicação, são discutidas as necessidades de Gerenciamento das Partes Interessadas (stakeholders), por meio de técnicas e ferramentas tais como reuniões de projeto, apresentações e outras abordagens face-a-face, que permitem uma interação e avaliação da eficácia de como a comunicação é desenvolvida.

O livro tanto cumpre a finalidade de um livro-texto, para os que se aperfeiçoam em Gerenciamento de Projetos em nível de pós-graduação, como permite, aos demais interessados e envolvidos em ambientes de projetos conhecerem as características mais críticas deste importante processo gerencial.

Livro 03: “Gerenciamento da Qualidade em Projetos”

Autores Isnard Marshall Júnior; Agliberto Alves Cierco; Alexandre V. Rocha; Edmarson Bacelar Mota; Sérgio Leusin


O processo de gerenciamento da qualidade em projetos faz parte do livro de Gestão da Qualidade da série de Gestão Empresarial, pois se considerou que seria repetitivo ter o mesmo conteúdo em duas séries de livros pertencentes a cursos de MBA da FGV.

Neste livro, há o embasamento para que o leitor tenha uma boa noção da amplitude e da importância da gestão da qualidade como modelo de excelência para melhor administrar as organizações. 

Apresenta-se sugestão de metodologia para a implantação da gestão da qualidade, sendo muito útil na construção de uma trajetória de sucesso pessoal e profissional. 

Há um capítulo sobre a evolução do processo da qualidade até os dias de hoje e outro tópicos de suma importância para o gerente de projetos, como o Prêmio Nacional da Qualidade. Prêmio que neste ano teve entre os seus cinco ganhadores a Promon, organização especializada em projetos de infra-estrutura, que vive essencialmente da concepção e implantação de projetos. 

Entender o processo do PNQ dá a dimensão das implementações que as empresas que almejam chegar ao patamar de ganhadoras do prêmio precisam fazer.

E para atingir este grau de excelência, sem dúvida, todas as organizações utilizaram – em maior ou em menor número – as ferramentas da qualidade, que também estão bem detalhadas em um capítulo próximo aos métodos específicos de gestão, como 5S, que são utilizados pelos gerentes de projetos cotidianamente.

O propósito de colocar os dois conteúdos em somente um livro alicerça o entendimento do processo da qualidade em projetos, pois esta articulação entre o SGQ (Sistema de Gestão da Qualidade) da organização e o projeto é clara, visto que ambos são pautados para atender às necessidades dos clientes, privilegiar a prevenção de defeitos em vez de correções, atribuindo a responsabilidade pela gestão da qualidade à alta direção ou ao gerente do projeto, buscando a melhoria contínua.

No capítulo de projetos, item Planejamento da Qualidade, há uma parte interessante e fundamental, que é indicação de indicadores de desempenho para o projeto. Estes indicadores visam ao monitoramento tanto da qualidade quanto da produtividade e capacidade. São elaborados sempre tendo em vista as metas preestabelecidas que não devem considerar somente índices históricos, visto que estes podem estar contaminados por níveis diferentes de eficiência, atrapalhando o objetivo principal que é o atingimento da qualidade do projeto. 

O processo da Garantia da Qualidade está vinculado aos riscos potenciais da não-qualidade, envolvendo as definições e seus controles.

Concluindo o capítulo, há o processo de Controle da Qualidade em projetos, cuja origem é detalhada no início do livro e aqui é apresentada com suas entradas, ferramentas, técnicas e saídas.

É um livro completo que precisa estar na biblioteca dos gerentes de projetos preocupados em atender com qualidade aos requisitos do projeto.

Livro 04: “Gerenciamento de Custos em Projetos”

Autores: Christina Barbosa; Farhad Abdollahyan; Paulo Roberto Vilela Dias; Orlando Celso Longo


Como conseguir gerenciar os custos em projetos de qualquer tipo, porte ou segmento, respeitando o seu orçamento aprovado, apesar das muitas adversidades que influenciam o seu ciclo de vida? O objetivo do livro é apresentar de uma maneira simples, objetiva e completa, como realizar essa missão que muitas vezes parece impossível!

Atualmente, é muito difícil fazer estimativas realistas e cumpri-las, em virtude das inúmeras mudanças que ocorrem com os projetos. Após terem suas viabilidades analisadas, muitos projetos iniciam com um orçamento predeterminado, que definirá a adequação do seu escopo e os recursos que serão utilizados no seu desenvolvimento.  Em outros projetos, o custo necessário para sua realização é estabelecido durante o processo de planejamento, na medida em que o seu escopo é mais detalhado. Em ambos os casos, todos os recursos necessários para terminar as atividades que vão entregar o escopo previsto, no tempo acordado e com a qualidade definida, devem ser estimados e seus custos unitários definidos. Será possível, então, consolidar os custos dos recursos de todas as atividades em um orçamento que funcionará como base para o controle do projeto.  

O livro aborda questões comuns que interferem no gerenciamento de custos de projetos como, por exemplo:

Será que atualmente o gerente de um projeto levanta realmente todos os custos nele envolvidos? Ou somente os mais óbvios são lembrados?

Quando um projeto é iniciado, pode-se afirmar, com certeza, que o gerente do projeto conhece claramente as atividades necessárias? Pode-se garantir que são relacionadas aquelas atividades relativas ao escopo que não são as entregas principais do projeto, como, por exemplo, fazer reuniões, providenciar aprovações e outras tarefas que consomem tempo, recursos e, conseqüentemente, geram custos?

Esse trabalho é desenvolvido com a participação dos especialistas que conhecem com profundidade as atividades que serão executadas?

Antes de finalizar as estimativas de custos, os gerentes de projetos se lembram de considerar os riscos envolvidos e destinam uma parte do orçamento para tratar esses riscos? 

Baseado no planejamento, o desempenho do projeto é acompanhado freqüentemente, os seus desvios são monitorados, identificando-se a causa de cada um deles para, então, determinar ações preventivas e corretivas, com o objetivo de mantê-lo dentro do orçamento?

O livro é dividido em quatro capítulos que vão ajudar os gerentes de projetos a utilizar as melhores práticas do gerenciamento de custos em projetos, de tal forma que possam responder às perguntas dos parágrafos anteriores, afirmativamente e com segurança.

O primeiro capítulo é destinado a um breve e interessante histórico, aos diferentes tipos de custos, ao plano de contas, suas funções, componentes e características. É, também, descrito como o diagrama de Pareto pode auxiliar os processos de planejamento e de controle de custos do projeto.

O segundo capítulo trata, com detalhes, dos diferentes custos unitários de um projeto, como eles são compostos e apresenta vários exemplos práticos, em formatos de tabelas e gráficos.

No terceiro capítulo, são abordadas as estimativas de custos e as diferentes metodologias existentes. A integração da EAP – Estrutura Analítica do Projeto e o uso dos recursos nas estimativas são avaliados. Em relação ao orçamento, foram contempladas técnicas para a sua elaboração, como fazer a sua composição e as nuances que devem ser consideradas para obtenção de um resultado o mais próximo possível da realidade, incluindo, também, os riscos envolvidos no projeto.

Finalmente, o quarto capítulo diz respeito ao controle dos custos do projeto, desmistifica a técnica de análise de valor agregado, apresentando-a de forma bastante detalhada. Mostra também a importância dos relatórios de desempenho que são desenvolvidos periodicamente, com informações coletadas nas reuniões de acompanhamento.


Livro 05: “Gerenciamento de Pessoas em Projetos”

Autores: Paulo Pavarini Raj, Ana C. Trintenaro Baumotte, Dóris Pereira D'Alincourt Fonseca, Lauro H. de Carvalho M. da Silva


O livro está dividido em oito capítulos. Nele, estuda-se uma das mais importantes e difíceis áreas de conhecimento que um gerente de projetos deve possuir para conseguir o sucesso de seu empreendimento: pessoas.

No primeiro capítulo, são vistos os desafios que impactam o gerenciamento de pessoas nas organizações que atuam em ambiente competitivo globalizado, o que significa e no que implica a existência de diferenças culturais entre as pessoas, quais são os fatores que constituem a diversidade nas equipes, as questões éticas e morais enfrentadas pelos gerentes e as inovações tecnológicas no ambiente de trabalho.

No segundo capítulo, tratam-se questões relacionadas ao gerente de projetos (GP), suas responsabilidades, seu papel em pequenos, médios e grandes projetos e as habilidades das quais necessita para se tornar um GP eficiente. A análise de responsabilidades é feita pelo GP para garantir que todas as atividades do projeto tenham um responsável e, se for preciso, sejam designadas pessoas adicionais para o cumprimento das tarefas estabelecidas. Essa análise é realizada na fase de planejamento do projeto e, segundo o PMI, resulta em uma matriz bidimensional denominada Matriz de Designação de Responsabilidades (Responsibility and Assignment Matrix – RAM).

Já no terceiro capítulo, aborda-se o planejamento das pessoas que fazem parte da equipe de um projeto, incluindo a definição da estrutura organizacional do projeto, bem como a definição dos requisitos de pessoas no projeto para fazê-lo acontecer. Discute-se também o planejamento de processos de gerenciamento de pessoas: recrutamento e seleção; remuneração; gerenciamento de desempenho; treinamento e desenvolvimento. Por fim, é apresentada uma visão geral do conteúdo do plano de gerenciamento de pessoas.

No quarto capítulo, discutem-se pontos importantes para a formação de equipes de projetos, em especial equipes consideradas de alto desempenho. Para tal, é feita uma comparação entre organizações tradicionais e as chamadas organizações de alto desempenho. São examinados tipos de equipe, a questão da integração, bem como papéis e responsabilidades. Abordam-se ainda as etapas de transição de uma equipe, as habilidades das equipes de alto desempenho, as fases de desenvolvimento e as estratégias de atuação das mesmas.

No quinto capítulo, descreve-se o novo impacto nas relações entre o empregado e o empregador, com a pessoa tendo agora autogestão sobre sua carreira, a evolução e abrangência do conceito de competência no gerenciamento de pessoas, como tratar o desenvolvimento de equipe e o conceito de universidade corporativa.

No sexto capítulo, são mostrados exemplos do processo de seleção por competências, são tratadas as questões de designação de pessoas, remuneração estratégica e feedback para garantir excelência no desempenho. A liderança situacional, os estilos de liderança mais usados e como os gerentes devem delegar tarefas são temas abordados em conjunto. É vista a conseqüência do estilo do líder no clima organizacional e os diferentes tipos de relacionamentos durante o projeto, assim como os indicadores que o GP precisará para medir sua eficácia no gerenciamento de pessoas.

No sétimo capítulo, o gerenciamento de conflitos é apresentado com um pequeno histórico das visões tradicional, contemporânea e interacionista, níveis de conflito, como eles ocorrem no ambiente de um projeto, a relação entre os conflitos e estresse e como gerenciar estes conflitos.

No oitavo capítulo, são vistas as quatro teorias sobre motivação, Teoria da Hierarquia das Necessidades de Maslow, Teoria das Necessidades de Alderfer, Teoria Higiênico-Motivacional de Herzberg e a Teoria das Necessidades de Conquistas Pessoais de McClelland, que respondem à pergunta: o que motiva as pessoas? E as oito teorias dos processos sobre motivação que respondem à pergunta: como as pessoas são estimuladas? Entre elas a Teoria X e Y de McGregor, Teoria Cognitiva da Expectativa de Vroom, Teórica Cognitiva do Reforço de Skinner.

O livro é finalizado com as conclusões sobre os desafios enfrentados pelos projetos no mundo e, em especial, no Brasil.

Livro 06: “Gerenciamento do Escopo em Projetos”

Autores: Mauro Afonso Sotille, Luis C. de Moura Menezes, Luiz F. da Silva Xavier e Mário L. Sampaio Pereira


Gerenciar o escopo do projeto envolve garantir que o projeto inclui todo o trabalho requerido, e somente o trabalho requerido, para completá-lo com sucesso. Os projetos são um meio de organizar atividades que não podem ser abordadas dentro dos limites operacionais normais da organização sendo, portanto, freqüentemente utilizados como um meio de atingir as metas definidas no planejamento estratégico. Os objetivos da organização são traduzidos em estratégias, as quais são conduzidas por meio de projetos. Os projetos devem estar de acordo com o plano estratégico da organização e seu escopo relacionado à necessidade de negócios ou outros estímulos que deram origem ao produto, sob pena de falharem.

O livro deixa claro que gerenciar o escopo é crítico. Infelizmente, o trabalho do projeto é, em geral, maior do que se imaginou a princípio. É necessário determinar de forma clara quais são as entregas, fazendo uma separação entre o que está e o que não está incluído no projeto. Além disso, envolve monitorar o projeto para identificar mudanças no escopo e investigar o impacto delas no projeto.

Muitos gerentes de projetos não dão atenção às pequenas mudanças. Existe uma tendência em seguir adiante e adicionar trabalho sem pensar muito sobre o assunto.  Quando se aceita um grande número de mudanças o projeto foge de seu foco original. Quando todas estas mudanças são combinadas, a equipe se dá conta que se comprometeu com muito trabalho extra, e assim não consegue mais cumprir seu orçamento e começa a atrasar seus compromissos.

O gerenciamento do escopo é uma das áreas fundamentais do gerenciamento de projetos. O conhecimento das entregas é importante para determinar a quantidade de trabalho envolvida. Um gerente de projetos bem-sucedido deve conhecer os processos para desenvolver um plano de gerenciamento do escopo. O plano de gerenciamento do escopo vai descrever como o escopo do projeto vai ser gerenciado e como as modificações no escopo vão ser integradas no projeto e as técnicas para analisar a definição de escopo. Além disso, deve conhecer os procedimentos para desenvolver uma Estrutura Analítica do Projeto (EAP). Finalmente, é importante saber como controlar o escopo do projeto.

Neste livro, mostra-se a relação do gerenciamento de escopo com as outras áreas de conhecimento em gerenciamento de projetos e são apresentadas ferramentas e técnicas para analisar o escopo do projeto efetivamente. O termo de abertura do projeto, que vem a ser o documento que autoriza formalmente a existência de um projeto, é analisado em detalhes, uma vez que contém informações importantes para que o gerente do projeto possa desenvolver uma declaração do escopo detalhada do projeto, como base para futuras decisões do projeto.

Particular destaque é dado ao processo de elaboração da Estrutura Analítica do Projeto (EAP), orientando passo-a-passo o procedimento de criação, fornecendo diversos exemplos e regras de validação. Além disso, são delineados os processos de verificação e controle associados ao gerenciamento do escopo. O livro encerra com importantes recomendações relativas ao que fazer e não fazer para garantir o sucesso do gerenciamento do escopo do projeto. Lembrando que a análise precisa das necessidades do cliente, o planejamento e a definição precisa do escopo são críticos para o sucesso do projeto como um todo.

Livro 07: “Negociação e Administração de Conflitos”

Autores: Eugenio do Carvalhal, Antônio André Neto, Gersem M. de Andrade e João Vieira de Araújo


Os projetos avançam pela superação de inúmeros desafios e pela resolução de problemas que ocorrem numa grande diversidade de transações, das mais simples às mais complexas. Envolvem produtos e serviços, conhecimento e informação que integram uma “solução total” a ser entregue a um cliente. Essa solução integrada deve atender a determinados requisitos de negócios em contextos de restrições de tempo e custo, além de benefícios de qualidade.

Diversos tipos de desafios e oportunidades, antagonismos e conflitos, contradições e ambigüidades ocorrem durante o ciclo de vida de qualquer projeto. Eles precisam ser contínuos e habilmente abordados segundo a percepção dos diversos stakeholders. São negociados os aspectos concretos relacionados à natureza do projeto, também chamados de aspectos substantivos, como: o escopo, o tempo e os cronogramas; as partes envolvidas, conhecimentos necessários, níveis de proficiência requeridos; investimentos, riscos e oportunidades, recursos físicos e logísticos, hardware e software, recrutamento e seleção, arquitetura das equipes e forma de gestão, aditivos e critérios contratuais para dirimir conflitos; documentação, forma de acompanhamento e chek lists. Para que um projeto avance é necessário também tratar dos aspectos relacionais associados ao processo de comunicação e à percepção; ligados às suscetibilidades, estima e incentivo; tensões e reconhecimento. Por isso, é necessário negociar formas de liderança e administrar conflitos objetivando levar a equipe do projeto ao alto desempenho.

Segundo pesquisa realizada pelo The Standard Group, entre os fatores que causam falhas em projetos, mais de 40% são devidos a quatro problemas mais relevantes: falta de insuficiente input do usuário; especificações e necessidades incompletas; mudanças nas especificações e necessidades; e falta de apoio da gerência executiva. Essas condições identificadas pela pesquisa requerem a alocação de importantes energias de negociação com os interlocutores envolvidos, para que possam ser obtidos acordos positivos de qualidade na definição do escopo de projetos.

Questões como essas tornam a Negociação e a Administração de Conflitos imprescindíveis para os profissionais que lidam com o assunto, como gestores, membros e líderes de equipes de projetos que desejam fortalecer suas competências. No âmbito das negociações, as competências sustentam-se em algumas habilidades principais a serem continuamente desenvolvidas. Os gestores devem administrar conflitos tratando de questões tensas em contextos de crescente complexidade nos quais se desenvolvem as relações interpessoais, intergrupais e multiculturais. Analisar as situações e tomar decisões, que possibilitam identificar oportunidades nos problemas e tomar decisões sob pressão e incerteza, assim como conduzir pessoas e equipes para abordar as divergências pela ótica do problema comum a ser solucionado. Comunicar-se de forma eficaz, ampliando a capacidade de perceber as diversas manifestações do comportamento humano que favorecem interações positivas, permite alinhar interesses fortalecer os laços e conduzir o projeto ao sucesso.

O livro Negociação e Administração de Conflitos da Série Gerenciamento de Projetos, da FGV Management está dividido em quatro capítulos.

O primeiro capítulo apresenta um sumário dos quatro casos, discorre sobre as principais correntes de abordagem e destaca os elementos conceituais do modelo mental dos negociadores, relevantes à compreensão do processo. Para isso, propositalmente, o texto destaca as principais idéias-chave, apresentado-as numa ordem tal que permita sua posterior integração.

O segundo capítulo focaliza os aspectos relacionais envolvidos nas negociações, com destaque para comportamentos e práticas adotadas pelos negociadores, buscando instigá-los a perceber melhor as pessoas, suas ações e reações em contextos de negociação. Destaca a apresentação de duas pesquisas realizadas com negociadores brasileiros sobre as características mais importantes e práticas mais freqüentes por eles utilizadas nas suas negociações.

O terceiro capítulo descreve os aspectos substantivos que estão envolvidos nas negociações, associados ao conteúdo e aos resultados desejados, que são determinantes para qualificar e quantificar o que as partes esperam obter ao final do processo de negociação, apresentando inúmeros exemplos e ilustrações de como esses aspectos se manifestam em situações reais.

O quarto capítulo busca estimular uma reflexão crítica sobre os aspectos práticos que favorecem as negociações e a administração de conflitos. O texto é enriquecido com casos provenientes de diversas áreas, assim como conhecimentos adquiridos através de experiências pessoais dos autores.


Livro 08: “Viabilidade Econômico-Financeira de Projetos”

Autores: Ricardo Bordeaux Rêgo; Goret Pereira Paulo; Ilda M. de Paiva Almeida Spritzer; Luís Pérez Zotes


O objetivo do livro Viabilidade Econômico-Financeira de Projetos é apresentar um roteiro para a correta avaliação de projetos. Foram introduzidos conceitos que apóiem o gerente de projetos na sua tomada de decisão. Trata-se de um livro abrangente, com muitos exemplos e sólido embasamento teórico. O livro compreende cinco capítulos. Iniciamos nosso estudo com a determinação dos fluxos de caixa, revendo importantes conceitos contábeis, que servem de base à análise de valor dos projetos. Dessa forma, o primeiro capítulo inclui a base conceitual em finanças para o estudo de viabilidade de projetos. São apresentados os conceitos de empresa, noções de capital de giro e orientação para a projeção dos fluxos de caixa de um projeto.

O segundo capítulo apresenta os modelos determinísticos usualmente utilizados na avaliação de oportunidades de investimento. São apresentados os modelos de payback simples e descontado, valor presente líquido, taxa interna de retorno e índice de lucratividade. São abordadas suas vantagens e limitações por meio de exemplos práticos. O capítulo seguinte aborda risco e o custo de capital sob os pontos de vista dos proprietários (acionistas), credores e da empresa como um todo. São tratados os conceitos de alavancagem operacional e financeira. Financiamento com o uso de leasing, suas vantagens e desvantagens também são externadas. O quarto capítulo relata os riscos econômico-financeiros dos projetos: isolado, da empresa e de mercado, bem como os métodos de ajustes adequados. Desse modo, apresenta exemplos de equivalência à certeza, análises de sensibilidade e cenários, ajuste de taxas de desconto, árvores de decisão e simulações. O método de ponta das opções reais é relatado, bem como a utilização de Project Finance. O capítulo cinco apresenta um estudo de caso abrangente no qual se sintetiza o conteúdo aprendido. Apresentamos a análise da viabilidade econômico-financeira de dois projetos e a tomada de decisão, verificando a geração de valor para o acionista. Aplicações especiais são desenvolvidas, ilustrando a utilização de diversas técnicas apresentadas. Todos os capítulos são concluídos com um resumo informativo de seu conteúdo, facilitando futuras consultas.

Finalmente, na conclusão, ponderamos que tudo o que estudamos somente tem significado quando somado à nossa experiência pessoal. A intuição, tão arduamente desenvolvida ao longo da vida, estará, acima de tudo, a serviço do leitor, para que possa escolher a abordagem adequada e os instrumentos mais eficazes para tomar suas decisões de investimento em projetos. Nesse sentido, os exemplos práticos apresentados facilitarão a compreensão, mas isso não exclui a necessária contribuição da sua visão das oportunidades de investimento, do futuro, e até seus sonhos. De fato, por trás de cada projeto, há um sonho que surgiu quase que por acaso. A centelha criadora está presente em todos nós, e o livro se propõe a auxiliar a todos quantos desejem transformar seus projetos em realidade. Desejamos que nosso esforço sirva para pavimentar o caminho de muitos empreendedores, gerentes de projetos, construtores de um mundo melhor para todos nós.

Livro 09: “Gerenciamento de Aquisições em Projetos”

Autores: Carlos Magno da Silva Xavier, Deana Weikersheimer, José Genaro Linhares, Lucio José Diniz.


A Airbus entregou em 15/10/2007, com dois anos de atraso, o primeiro exemplar de seu A380, o maior jumbo da aviação civil da história. O atraso foi devido a problemas de fabricação e de coordenação entre os fornecedores da empresa. Também na Embraer, o atraso na entrega de peças por fornecedores reduziu a meta de entregas de aviões em 2007 de 145 para 135 aeronaves. Esses são apenas dois exemplos da importância do gerenciamento de aquisições em projetos.

O objetivo deste livro é apresentar como se dá o gerenciamento das aquisições em um projeto, o que passa pela decisão de o que, quanto, quando e como serão efetuadas as aquisições, incluindo a administração e o encerramento de contratos.

O livro está estruturado em 10 capítulos. O primeiro mostra as interfaces do gerenciamento de aquisições com outras áreas de conhecimento do gerenciamento de projetos, sendo discutido também os aspectos jurídicos das aquisições. No segundo capítulo são apresentados o conceito e a contextualização do processo de aquisições em projetos, discorrendo sobre as suas três etapas: pré-contratação, contratação e pós-contratação. O terceiro capítulo mostra o que é necessário ser adquirido em projetos, como é tomada a decisão de adquirir e como é elaborada a especificação do que será contratado. O quarto capítulo discorre sobre a solicitação de propostas, sendo discutidos os documentos que devem ser preparados e os critérios de avaliação das propostas. O quinto trata da seleção de fornecedores, desde a divulgação e convocação para a obtenção de propostas até a negociação do contrato, incluindo também a classificação das propostas. O sexto capítulo é dedicado ao instrumento contratual, sendo apresentadas as premissas essenciais relacionadas aos direitos e obrigações das partes contratantes, a natureza jurídica do contrato, os tipos e modalidades de contratos e suas cláusulas e condições. O sétimo trata da administração de contratos, com ênfase no processo de gerenciamento e na administração de reivindicações (claims). No oitavo capítulo são apresentadas as melhores práticas para o processo de encerramento de contratos. No nono são discutidos os riscos nas contratações, sendo identificadas possíveis fontes de risco e as respostas que irão prevenir, transferir, aceitar ou mitigar esses riscos. O último capítulo mostra a importância do planejamento do gerenciamento de aquisições no projeto, apresentando como devem ser planejadas as entregas e atividades necessárias a esse processo, desde a decisão de adquirir até o encerramento do contrato, com os reflexos decorrentes no cronograma e no orçamento do projeto.


Livro 10: “Gerenciamento de Riscos em Projetos”

Autores: Carlos A. Corrêa Salles Jr., Alonso M. Soler, J. Angelo S. do Valle e Roque Rabechini Jr.


Este livro tem como objetivo proporcionar uma visão diferenciada sobre o gerenciamento de Gerenciamento de Riscos em Projetos, freqüentemente visto como atividade secundária e não realizada na maioria dos projetos. O livro faz uma reflexão sobre qual a real importância do tema para projetos, e analisa quais os benefícios para os gerentes de projetos ao usar a metodologia.

O livro está estruturado em quatro capítulos, contextualizando riscos na história e nos diversos segmentos de negócios e abordando detalhadamente os processos, de forma clara e estruturada, possibilitando o domínio sobre a metodologia, e que tem como base os processos propostos no PMBok do PMI. O livro também procura transmitir ao leitor segurança no processo, de forma a possibilitar a gerência de riscos em projetos, mesmo sem termos dados históricos de riscos.

A analise histórica nos mostra que o risco está ligado ao simples ato de viver. Olhar para o futuro, que é a essência dos projetos, significa obrigatoriamente viver situações de incerteza, nas quais o risco esta presente. Planejar, sem levar em consideração as incertezas, significa achar que o futuro é meramente uma continuidade do passado, o que não é necessariamente verdade. E considerar as situações de incerteza (riscos), torna nossos planos e conseqüentemente nossas decisões, muito mais reais ou menos sujeitas a erros.

O livro também aborda o processo de análise dos riscos, comparando-o com o processo utilizado nos mercados financeiro e segurador, e mostrando que não há diferença na definição ou nos processos gerenciais dos riscos. Risco é uma incerteza, futura, com reflexos positivos ou negativos sobre seus objetivos. Esta definição abrangente demonstra que o risco em projeto em nada difere do risco operacional, do risco segurável ou do risco de negócio. Os processos propostos no PMBok para gerenciamento de riscos em projetos muito pouco diferem em sua essência dos processos utilizados nos mercados financeiros e segurador. Isso aponta que a metodologia proposta neste livro serve para gerenciar riscos de qualquer tipo, em qualquer nível na organização e em qualquer segmento de negócio.

As oportunidades e ameaças de negócio, constantes do Modelo SWOT, nada mais são do que riscos de negócio no nível estratégico e podem ser tratadas através da metodologia descrita neste livro.


Livro 11: “Gerenciamento do Tempo em Projetos”

Autores: André B. Barcaui; Danúbio Borba; Ivaldo M. da Silva; Rodrigo B. Neves.


Determinar a programação de um projeto não é uma atividade simples. Na verdade, é uma combinação de arte e ciência”. Segundo os autores, a ciência se revela ao determinar onde no diagrama da rede do projeto está o caminho crítico, quanto de folga existe nas atividades não-críticas, na definição dos períodos de trabalho, tanto do projeto como de cada recurso individualizado, etc. Já na questão relativa à arte que os autores mencionam é, na prática, garantir que com toda a incerteza inerente a projetos, o cronograma, ainda sim, seja exeqüível. Embora tenhamos diversas técnicas para construí-lo, o desafio é buscar um jeito de executar as diferentes atividades de uma forma paralela, fazendo o melhor uso dos recursos disponíveis para que então seja possível completar o projeto no menor prazo, custo e qualidade. Para a maioria dos gerentes de projeto o esforço maior está na arte e não na ciência, pois o resultado só será bom se no momento exato da atribuição de recursos às atividades, tudo esteja sincronizado.

É curioso mencionar que, muitas vezes, gerenciamento de projetos é confundido com gestão de ferramentas. Muitas empresas começam a investir em sofisticadas ferramentas de software para controle de cronograma e se dizem preparadas para gerenciar projetos. Não há nada de errado na iniciativa de investir em ferramentas de planejamento e controle, mas há uma grande subutilização das funcionalidades oferecidas por estas ferramentas por parte dos profissionais que gerenciam as durações dos projetos. De nada adianta a melhor ferramenta sem o devido processo e o devido treinamento conceitual do que é gerenciamento de tempo em projetos.

Gerenciamento do tempo em projetos está ligado a todas as outras áreas de gerenciamento de projetos. É fácil entender a relação que gerenciamento do tempo tem com outras áreas. Mas ao mesmo tempo é difícil entender como em muitos casos gerentes e equipes de projeto geram cronogramas inteiros diretamente, digitando atividade por atividade em um software de gerenciamento de projetos, sem antes terem considerado um conjunto de variáveis que irão influenciar a duração das atividades com o respectivo inter-relacionamento, resultante da metodologia de execução e as restrições impostas pelos entregáveis do projeto. É justamente com esta visão de dependência e interligação com diversas áreas de planejamento e controle que os autores procuram oferecer este livro, reconhecendo que por pressões do próprio mercado, muitas vezes esta abordagem se torna muito difícil. Ainda mais na chamada “era da velocidade e da mudança”. O planejamento e o controle muitas vezes cedem ao improviso. O ritmo com que propostas têm que ser geradas e respostas têm que ser dadas, muitas vezes, leva uma equipe a confundir plano de projeto com cronograma. Ou mesmo, de gerar um plano insuficiente, ou plano nenhum, pressionado por seu cliente interno ou externo.

O gerenciamento do tempo vai desde a definição de atividades, seqüênciamento, definição de recursos por atividade, estimativa de duração e montagem até o controle do cronograma propriamente dito. Os autores procuraram identificar cada etapa do planejamento do tempo, dando uma visão detalhada de cada processo. Sempre que possível, os exemplos práticos foram utilizados, demonstrados através de ferramentas de gerenciamento de projetos, de forma a facilitar o entendimento do conceito.

O livro foi dividido em oito capítulos, desde como funciona o processo de definição de atividades a partir de um escopo previamente combinado até tópicos avançados em gerência de tempo como corrente crítica e análise de valor agregado. Boa leitura!